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A eleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência do Senado consolidou o caminho para a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas, tema amplamente combatido pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Com o apoio do presidente Lula (PT), Alcolumbre, junto a outros senadores do Amapá e do Nordeste, pressiona pelo licenciamento ambiental para que a Petrobras possa avançar com as pesquisas na região.

Ministra Marina Silva

A estatal tenta obter autorização do Ibama desde 2020 e, após uma negativa em 2023, apresentou uma nova proposta para atender às exigências ambientais, incluindo a construção de uma unidade de atendimento ambiental em Belém. Apesar das resistências de Marina, a eleição de Alcolumbre é vista como um fator decisivo para destravar o licenciamento, tornando praticamente inviável a sua interrupção.

A ministra, conhecida por sua defesa do meio ambiente e oposição aos combustíveis fósseis, tem sido uma voz isolada no governo sobre o tema. No entanto, para evitar um embate direto, tem reforçado que a decisão cabe ao Ibama e não a ela.

O deputado Pedro Lucas (UNIÃO-MA) líder do partido na Câmara, voltou a defender a exploração da margem equatorial brasileira: “Estamos falando de quase 10 bilhões de barris de petróleo naquela localidade.”

Embora a situação desagrade Marina, sua permanência no cargo não está ameaçada, especialmente em um ano em que o Brasil sediará a COP30, evento ambiental internacional. A expectativa no governo é de que a ministra continue na pasta apesar das divergências internas sobre a exploração de petróleo na foz do Amazonas.

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