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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revelou nesta quinta-feira, 16, que o número de crianças e adolescentes brasileiros vivendo na pobreza caiu de 34,3 milhões em 2017 para 28,8 milhões em 2023.

Apesar da melhora de 16%, ainda mais da metade dos jovens do país (55,9%) enfrenta a chamada “pobreza em múltiplas dimensões”.

O relatório analisou sete critérios:

  • Renda: Privação caiu de 25,4% para 19,1%.
  • Acesso à informação: Redução de 17,5% para 2,5%.
  • Educação, água, saneamento, moradia e trabalho infantil: Avanços ocorreram em ritmo desigual, com destaque para a persistência de desafios no saneamento e na erradicação do trabalho infantil.

A alfabetização foi um dos setores mais afetados pela pandemia. Entre crianças de 7 e 8 anos, a taxa de analfabetismo subiu de 14% em 2019 para 30% em 2023.

Desigualdades regionais

O Norte e Nordeste lideram os índices de privação:

  • Piores estados: Pará (89,5%), Maranhão (88,6%) e Rondônia (88,1%).
  • Melhores estados: São Paulo (31,8%) e Distrito Federal (34,1%).
  • A privação de saneamento básico é um problema grave, atingindo quase 28% em áreas urbanas e 92% nas rurais.

Insegurança alimentar

  • Redução: A insegurança alimentar caiu de 50,5% em 2018 para 36,9% em 2023.
  • Persistência da fome: A insegurança alimentar grave, que leva à fome, recuou de 7,4% para 5,1%, mas ainda não atingiu os melhores números de 2013.

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