O Relógio do Juízo Final, uma metáfora sobre a proximidade da humanidade da autoaniquilação, foi ajustado nesta terça-feira, 28, para 89 segundos antes da meia-noite, a menor distância já registrada desde sua criação, em 1947. Nos dois anos anteriores, os ponteiros marcaram 90 segundos para a meia-noite.

O grupo de cientistas nucleares do Bulletin of the Atomic Scientists, responsável pela decisão, citou ameaças nucleares russas em meio à guerra na Ucrânia, tensões geopolíticas globais, avanços militares na inteligência artificial e a crise climática como fatores centrais para o reajuste.

A crise ambiental teve destaque no anúncio deste ano. Segundo a Organização Meteorológica Mundial da ONU, 2024 foi o ano mais quente já registrado. “Embora avanços significativos tenham sido feitos em energias renováveis, como eólica e solar, as ações globais ainda não são suficientes para evitar os piores impactos das mudanças climáticas”, alertou Holz.

Criado após a Segunda Guerra Mundial, o Relógio do Juízo Final é reposicionado anualmente por um painel que inclui 11 prêmios Nobel. Quando foi inaugurado, marcava sete minutos para a meia-noite. O momento mais distante do “fim do mundo” foi registrado em 1991, no pós-Guerra Fria, com 17 minutos restantes.


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