Nicolás Maduro foi empossado nesta sexta-feira, 10, para um terceiro mandato na Venezuela, durante uma sessão solene realizada na sede da Assembleia Nacional, em Caracas.
A cerimônia, conduzida por Jorge Rodríguez, presidente do legislativo e aliado chavista, encerrou um processo eleitoral amplamente criticado por falta de transparência e repressão contra adversários políticos.
Maduro afirmou durante seu discurso: “Ninguém impõe um presidente à Venezuela”, em resposta às alegações da oposição, que reivindica a vitória do opositor Edmundo González Urrutia.
O líder chavista também criticou o presidente argentino, Javier Milei, chamando-o de “sádico social” por suas declarações contrárias ao governo venezuelano.
As eleições presidenciais, realizadas em 28 de julho de 2024, foram acompanhadas por denúncias de irregularidades. A oposição e organizações internacionais questionaram a legitimidade do pleito devido a:
- Censura: Revogação de convites a observadores internacionais.
- Exclusão: Impedimento da candidatura de María Corina Machado, principal figura opositora.
- Repressão: Detenção de líderes opositores e violência contra eleitores dissidentes.
Embora o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) tenha declarado Maduro vencedor com 50,8% dos votos, uma contagem independente das atas eleitorais organizada pela oposição indicou vitória de González com ampla vantagem.
A contestação ao resultado das eleições resultou em repressão violenta, com mortes em protestos e a prisão de centenas de opositores.
- Edmundo González, candidato de oposição, foi forçado ao exílio na Espanha.
- María Corina Machado está foragida dentro do país, enquanto outros opositores enfrentam perseguições.
González havia prometido retornar ao país e tomar posse nesta sexta-feira, mas a situação de segurança tornou a medida inviável.