Um levantamento realizado pelo instituto Paraná Pesquisas, entre os dias 7 e 10 de janeiro, analisou possíveis cenários para as eleições presidenciais de 2026 e revelou que o cantor Gusttavo Lima foi mencionado por apenas 0,4% dos entrevistados na pesquisa espontânea. Nesse modelo, os participantes indicam livremente seus candidatos sem acesso a uma lista prévia de nomes. O percentual do artista equivale ao de figuras como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera as menções espontâneas, com 20,1%, seguido de perto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, citado por 16,7% dos entrevistados. Com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais, os dois estão tecnicamente empatados.
Outros nomes aparecem com desempenhos inferiores, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (1,6%), o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (1,2%), e o coach Pablo Marçal (0,7%). Gusttavo Lima, Michelle Bolsonaro, Ronaldo Caiado e o deputado federal Eduardo Bolsonaro dividem o mesmo índice de 0,4%.
Ainda assim, a pesquisa indica que 49,8% dos eleitores estão indecisos ou não quiseram declarar sua preferência. Outros 6,8% afirmaram que votarão branco, nulo ou não escolherão nenhum candidato, enquanto 1,2% mencionaram nomes fora da lista principal.
Quando apresentada uma lista de opções (cenário estimulado), a disputa permanece equilibrada entre Lula e Bolsonaro, apesar da inelegibilidade do ex-presidente. Contra outros adversários, Lula tende a ter vantagem, enquanto no segundo turno enfrentaria dificuldades em disputas com Tarcísio de Freitas ou Michelle Bolsonaro.

O estudo foi realizado com 2.018 eleitores de 164 municípios em todos os estados e no Distrito Federal, oferecendo um panorama inicial das intenções de voto para 2026.
Anúncio de Gusttavo Lima sobre candidatura – Na primeira semana de 2025, Gusttavo Lima revelou ao portal Metrópoles seu desejo de se candidatar à presidência. O anúncio chamou a atenção de lideranças de partidos como o PP e o União Brasil, interessados em aproveitar sua forte conexão com o público ruralista. No entanto, a possibilidade de filiação ao PL, partido de Jair Bolsonaro, foi descartada por aliados próximos do ex-presidente, que enxergam o movimento como uma traição.
Além de definir seu partido, o cantor precisará lidar com desafios significativos caso entre para a política. Entre eles estão contratos com prefeituras que enfrentam questionamentos judiciais, investigações sobre parcerias com empresas de apostas e a polarização em torno de sua figura pública e ideológica.
A possível entrada de Gusttavo Lima no cenário político promete trazer novos debates para a disputa presidencial, mas, por enquanto, seus números iniciais mostram que o caminho até o Planalto será desafiador.