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A Azul e a Abra, maior credora e principal investidora da Gol, assinaram na quarta-feira (15) um memorando de entendimento para explorar a viabilidade de uma fusão entre as duas companhias. A negociação, ainda em estágio inicial, dependerá do cumprimento das etapas restantes do processo de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, o Chapter 11, que visa a reestruturação financeira da empresa.

Caso a fusão seja concretizada, as duas aéreas manteriam suas marcas e operações independentes, conforme os termos do acordo. A Gol, que protocolou seu plano de recuperação judicial em 29 de novembro de 2024, busca converter parte significativa de seu endividamento em capital.

Em 2 de janeiro, a Gol também firmou um acordo com o governo brasileiro para quitar dívidas fiscais no valor de R$ 5,5 bilhões. O montante irá cobrir débitos previdenciários e não previdenciários, com descontos sobre juros, multas e encargos. Além disso, a empresa poderá abater parte da dívida usando prejuízos fiscais e a base de cálculo negativa de CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).

A negociação com a Azul surgiu após a Gol confirmar que outras alternativas de parceria, como joint ventures, estavam sendo consideradas. A Gol também anunciou que pretende levantar US$ 1,85 bilhão (aproximadamente R$ 11,2 bilhões) para reforçar sua liquidez, e a emissão de novas ações seria uma das possibilidades para levantar esse montante.

O primeiro encontro com os credores para discutir o plano de reestruturação está agendado para 15 de janeiro de 2025, em Nova York. A audiência para homologação do plano deve ocorrer em 7 de março.

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