Um estudo realizado pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, da FSB Holding, revela que 86% dos brasileiros defendem algum tipo de restrição ao uso de celulares dentro das escolas.

Desse total, 54% são favoráveis à proibição total do uso dos dispositivos nas unidades de ensino, enquanto 32% concordam apenas com a liberação dos celulares para atividades pedagógicas, mediante autorização prévia do professor.

A pesquisa também aponta que apenas 14% da população se opõem às atuais discussões sobre a proibição do uso de celulares nas escolas, que está sendo debatida no Congresso Nacional.

O apoio à medida é mais expressivo entre os jovens com idades entre 16 e 24 anos, embora, nesse grupo, a restrição total seja menos favorecida do que na população geral.

De acordo com o levantamento, 46% dos entrevistados dessa faixa etária são favoráveis à proibição completa dos celulares, enquanto 43% apoiam a utilização parcial, permitindo o uso apenas para atividades relacionadas ao ensino.

Entre os jovens, 11% são contrários à proibição, e 43% veem como viável a utilização dos aparelhos de forma restrita na sala de aula.

Em contraste, a medida de liberar o uso parcial do celular é menos popular entre os mais velhos: 32% das pessoas com mais de 60 anos e 31% dos que têm entre 25 e 40 anos apoiam a utilização restrita do dispositivo em sala de aula.

O apoio é ainda menor entre a faixa etária de 41 a 59 anos, com apenas 27% favoráveis a essa alternativa.

A pesquisa também revela uma diferença significativa de opinião conforme a faixa de renda. As pessoas com maior poder aquisitivo são mais favoráveis à proibição.

Apenas 5% dos brasileiros com renda acima de cinco salários mínimos se mostraram contrários à proibição do uso de celulares nas escolas, comparado com 17% da população que ganha até um salário mínimo.


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