O enfermeiro Alberto Rodrigues da Silva foi condenado pelo júri popular pelos crimes relacionados à morte da esteticista Erinalva de Jesus Dias, ocorrida após uma cirurgia plástica realizada de forma ilegal no Hospital Municipal de Lago dos Rodrigues, em maio de 2023.
O júri fixou a pena de Alberto em pouco mais de dois anos de prisão. No entanto, devido ao período de um ano e cinco meses já cumprido em regime fechado, o réu deverá cumprir apenas sete meses de prisão domiciliar.
O julgamento, inicialmente previsto para novembro, foi adiado e transferido para Lago da Pedra por falta de estrutura adequada em Lago dos Rodrigues, onde seria realizado em uma creche.
Além disso, o Ministério Público do Maranhão (MP-MA) denunciou o vazamento de informações sigilosas sobre o depoimento de uma testemunha, o que poderia influenciar os jurados.
O CASO
A morte de Erinalva ocorreu no dia 31 de maio de 2023, quando ela tinha 37 anos. Segundo a família, ela havia informado que faria um procedimento ginecológico para a retirada de uma trompa, mas, na realidade, submeteu-se a uma abdominoplastia, cirurgia estética que remove excesso de pele e gordura do abdômen.
Alberto Rodrigues, que se passava por médico usando documentos falsos, realizou a cirurgia nas dependências do Hospital Municipal de Lago dos Rodrigues, sem o conhecimento da diretoria e dos profissionais de plantão.
Após o procedimento, Erinalva apresentou complicações e foi encaminhada ao Hospital Regional Dra. Laura Vasconcelos, em Bacabal, onde faleceu.
As investigações revelaram que Alberto não possuía habilitação médica para realizar cirurgias e usava documentos falsificados para exercer ilegalmente a profissão.
Após o caso, ele teve o contrato rescindido com o hospital, e o Conselho Regional de Enfermagem abriu um procedimento disciplinar contra ele.