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O líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Márcio Jerry (MA), reagiu ao relatório da Polícia Federal divulgado esta semana, que aponta a prática de crimes por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O documento estima penas máximas que somam 28 anos de prisão pelas infrações atribuídas ao ex-mandatário, incluindo incitação à violência, associação criminosa e outros delitos relacionados aos ataques de 8 de janeiro.

“O comando bolsonarista revelou-se, sem dúvida alguma, uma perigosíssima organização criminosa, em verdade uma organização terrorista”, afirmou Jerry. “Quanto risco nossa Pátria correu com a ação desses criminosos. Punição, aplique-se a lei. E sem papo de anistia aos criminosos do 8 de janeiro.”

A declaração do parlamentar reflete a posição do PCdoB em relação à responsabilização dos envolvidos nos atos que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Jerry reforçou que qualquer tentativa de suavizar as consequências legais seria um retrocesso para o Estado de Direito.

O relatório da PF, elaborado com base em mensagens trocadas em grupos bolsonaristas, depoimentos de aliados e análises de ações, evidencia, segundo Jerry, um “projeto sistemático de destruição das instituições democráticas”.

Ele também destacou a importância de manter a sociedade atenta contra discursos que relativizem os crimes investigados.

A fala do líder do PCdoB surge no Congresso em meio a debates sobre a condução de processos judiciais envolvendo líderes políticos e movimentos que atentaram contra a democracia.

Enquanto alguns parlamentares defendem a pacificação política por meio de anistia, Jerry enfatiza que “impunidade seria o maior incentivo para novos atos criminosos”.

A análise do relatório e as consequências jurídicas enfrentadas por Bolsonaro prometem ser pontos centrais nas discussões legislativas nos próximos meses, colocando em evidência a tensão entre os defensores da ordem democrática e setores alinhados ao bolsonarismo.

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