A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,2% no trimestre encerrado em outubro, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o menor índice da série histórica iniciada em 2012, superando o recorde anterior de 6,3%, registrado em dezembro de 2013.
O resultado representa uma redução de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (6,8%) e de 1,4 ponto percentual na comparação anual, quando o desemprego estava em 7,6%. Em números absolutos, o Brasil registra 6,8 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente desde dezembro de 2014.
O total de trabalhadores ocupados no país chegou a 103,6 milhões. Isso corresponde a 58,7% da população em idade ativa (14 anos ou mais) empregada, o maior nível de ocupação já registrado pela pesquisa. O número de ocupados cresceu 1,5% no trimestre e 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, setores como indústria, construção e serviços foram os principais responsáveis pela expansão da ocupação. “A produção industrial, especialmente no segmento de confecções de vestuário, foi impulsionada pela proximidade do fim de ano. Já o setor de construção e os serviços pessoais e recreativos continuam apresentando crescimento sustentado”, explicou.
A população subutilizada, composta por pessoas que poderiam estar trabalhando mais, mas estão desocupadas, subocupadas ou fora da força de trabalho potencial, recuou 4,6% em relação ao trimestre anterior e 10,8% no ano, totalizando 17,8 milhões de brasileiros.
Já o número de desalentados – aqueles que desistiram de procurar emprego por falta de esperança ou qualificações – caiu para 3 milhões, o menor nível desde abril de 2016.
A força de trabalho totalizou 110,4 milhões de brasileiros, enquanto 66,1 milhões estão fora da força de trabalho, por não procurarem emprego ou não estarem disponíveis para trabalhar.