O Maranhão bateu um recorde este ano no número de casos de feminicídios. Foram 51 casos contabilizados desde janeiro até a data de 18 de setembro. Nove desses crimes, ocorreram na Região Metropolitana de São Luís e os demais no interior do estado.
Em 2023 foram 50 casos. Portanto, este ano o quantitativo já ultrapassou o número de assassinatos contra mulheres, cometidos por maridos, namorados ou ex-companheiros, ocorridos em 2024. O aumento é alarmante.
O INFORMANTE apurou em agosto junto à delegada de Polícia Civil responsável pelo departamento de feminicídio no Estado e diretora da Casa da Mulher Brasileira, Wanda Moura, que este ano de 2024, até o referido mês, 40 mulheres já haviam sido vítimas desse tipo de crime no Maranhão.
Trinta e um autores desses feminicídios encontram-se presos, cinco estavam foragidos, um responde em liberdade e três morreram e ou/ cometeram suicídio.
Ainda em agosto, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou projeto que aumenta as penas do feminicídio e do homicídio qualificado para reclusão de 20 a 40 anos. A proposta altera o Código Penal que hoje prevê de 12 a 30 anos de prisão.
O texto aprovado é o substitutivo da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) ao Projeto de Lei 2966/23, do deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), e do PL 2474/24, apensado. No projeto original, as penas previstas eram de 21 a 40 anos de reclusão. A relatora ajustou as penas mínimas.
Último caso – Na noite desta última segunda-feira, Sônia Regina Coelho Rodrigues, de 61 anos, foi morta com um golpe de faca desferido pelo próprio marido, de 66 anos, durante uma briga de casal, em Vitória do Mearim. O autor do crime foi preso na hora.
O casal estava no quintal de casa, consumindo bebida alcóolica quando começou uma discussão. A vítima foi ferida mortalmente e o idoso tentou fugir mas acabou detido.
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