Nesta terça-feira, 1º, o Irã lançou uma série de mísseis balísticos em direção a Israel, em resposta aos recentes confrontos entre Israel e o Hezbollah, conforme informaram as Forças Armadas israelenses e autoridades iranianas.
O ataque ocorreu em duas ondas de lançamento, com explosões registradas em Tel Aviv, incluindo relatos de que a Universidade de Tel Aviv teria sido atingida. O ataque é a primeira retaliação direta do Irã após a intensificação das tensões entre Israel e o Hezbollah, grupo extremista financiado pelo regime iraniano.
De acordo com a imprensa israelense, mais de cem mísseis foram disparados, sendo que alguns foram interceptados pelo sistema de defesa antimísseis Domo de Ferro. Até o momento, não há confirmação de vítimas, mas os moradores de Tel Aviv buscaram abrigo em bunkers.
O governo israelense já havia se preparado para um possível ataque do Irã, com suas forças aéreas e sistemas de defesa em alta prontidão.
A Casa Branca também alertou sobre a iminência do ataque iraniano e prometeu “consequências severas” caso ele fosse realizado. Washington, além de apoiar diplomaticamente, tem colaborado com Israel na preparação para uma eventual ofensiva de Teerã.
O Hezbollah, que opera a partir do Líbano e é financiado pelo Irã, tem bombardeado o norte de Israel desde outubro de 2023, em solidariedade ao Hamas, outro grupo financiado por Teerã. Em resposta, Israel intensificou suas operações militares no Líbano, incluindo uma incursão terrestre “limitada” no sul do país. As forças israelenses têm como alvo bases do Hezbollah, e moradores de mais de 20 cidades libanesas foram orientados a deixar suas casas.
A tensão entre Irã e Israel atingiu novos níveis com a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, durante um bombardeio israelense na semana passada. Desde então, a situação tem se deteriorado, com ambos os lados trocando ataques.
Paralelamente aos ataques do Irã, Israel iniciou uma operação terrestre contra o Hezbollah no Líbano, apoiada por artilharia e aviões da Força Aérea. O objetivo da operação é neutralizar as ameaças do grupo extremista, que tem utilizado infraestrutura civil no sul do Líbano como escudo humano.
A escalada no Oriente Médio reflete o aumento das hostilidades na região desde o início da guerra na Faixa de Gaza, com Israel enfrentando múltiplas frentes de combate.