Durante a inauguração de novas lojas em Fortaleza, Jesuíno Martins, diretor-presidente do Grupo Mateus, abordou a multa de R$ 1,06 bilhão aplicada pela Receita Federal em setembro.
Martins demonstrou tranquilidade quanto à situação, afirmando que a empresa segue as normas legais e confia na reversão da penalidade.
A multa imposta pela Receita Federal questiona a exclusão de créditos presumidos de ICMS da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), envolvendo a operação atacadista do grupo, Armazém Mateus, nos exercícios fiscais de 2014 a 2021.
Segundo Martins, o problema decorre de uma divergência de interpretação da lei e a empresa acredita que a questão será resolvida de maneira favorável.
Ele reiterou que as exclusões foram realizadas conforme a legislação vigente.
Os créditos presumidos de ICMS são incentivos fiscais concedidos pelos estados com o objetivo de reduzir a carga tributária das empresas, compensando valores pagos previamente em produtos ou serviços.
A Receita Federal contesta a maneira como o Grupo Mateus aplicou esses créditos em seus cálculos tributários.
Além da multa, Martins aproveitou para negar rumores sobre a possível compra de ações do Assaí Atacadista, um dos principais concorrentes do Grupo Mateus.
Ele afirmou que o grupo mantém o foco em sua estratégia de expansão orgânica nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, sem planos de avançar para outras áreas como Sul, Sudeste ou Centro-Oeste.
Com a inauguração de novas lojas, o Grupo Mateus agora soma 452 unidades em todo o país, sendo 15 delas no Ceará. Outras duas estão previstas para serem abertas em 2025, incluindo o primeiro Hiper Mateus do estado, no bairro Aldeota, e uma unidade do Mix Mateus, no bairro Farias Brito.
Tanto o Grupo Mateus quanto o Assaí Atacadista desmentiram os boatos sobre uma possível fusão ou aquisição, assegurando que não houve qualquer diálogo ou proposta formal a respeito.