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Os recursos são do Plano Mais Produção (P+P) e atendem a 1.774 projetos no estado
 
Para a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), o montante em projetos aprovados até julho deste ano no Plano Mais Produção (P+P) é positivo. O resultado parcial demonstra que o setor industrial maranhense está em busca de uma indústria mais produtiva, sustentável, inovadora e exportadora de produtos com maior valor agregado, como objetiva a Nova Indústria Brasil (NIB), política do governo federal e que conta com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
César Miranda, superintendente da FIENA
O Plano Mais Produção (P+P) foi criado para viabilizar, de forma contínua, o financiamento da Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial do governo federal para impulsionar a industrialização brasileira. O P+P anunciou, até o momento, R$ 342,7 bilhões para o financiamento de empresas e de Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) até 2026, divididos em quatro eixos: produtividade, inovação, exportação e sustentabilidade. Deste total, mais de R$ 130,9 bilhões já foram aprovados em linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para projetos em todas as regiões brasileiras. O total em projetos do Maranhão somam R$ 2,1 bilhões.
O superintendente da FIEMA, César Miranda, explicou que nos anos 80 cerca de 40% do Produto Interno Bruto do Brasil (PIB) vinha da indústria. Com o passar dos anos, o país deixou de ter a indústria como seu principal empoderador e atualmente a contribuição do setor para o PIB é de apenas 14%. “A NIB vem mudar isso, vem para colocar o país novamente nesse trilho de desenvolvimento, de industrialização. A indústria traz o maior valor agregado, o melhor salário, mais renda e mais emprego”, destacou.
Dos R$ 340 bilhões que foram disponibilizados no P+P para todo o país, já foram aprovados R$ 130 bilhões, que estão sendo liberados pelos BNDES, e o Maranhão também está inserido nesse contexto. Hoje o país – e não é diferente no Maranhão – exporta commodities. Sem beneficiamento, não há valor agregado. “Beneficiar para exportar transforma a nossa indústria para ser competitiva tanto no mercado nacional quanto internacional”, resumiu César.
Inovar é um desafio para tornar o Brasil mais produtivo. Por isso que inovação é um dos pilares do P+P, ao lado de sustentabilidade, produtividade e exportação. “Claro que nós temos vários outros problemas que precisam ser resolvidos, como a questão da burocracia e do Custo Brasil, que é muito alto. É preciso desburocratizar cada vez mais para que os processos fiquem mais simples e as empresas possam produzir mais e melhor, gerando, renda, emprego e riqueza para o nosso estado e para o nosso país”, pontuou o superintendente da FIEMA. A NIB é uma resposta aos desafios à neoindustrialização para que o país recupere a sua capacidade produtiva e tecnológica e retome o caminho do crescimento sustentado.

INDÚSTRIA EM DADOS – A indústria do Maranhão é a 16ª maior do Brasil e representa 1,09% do Valor Adicionado Bruto (VAB) nacional, com R$ 21,7 bilhões em 2021, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Nordeste, o Maranhão ocupa a 4ª posição e representou 9,6% do VAB nordestino em 2021, conforme o IBGE. Em termos de pagamento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), em 2022, conforme aponta o Portal da Indústria da CNI, o setor industrial maranhense pagou R$ 3 bi.
No que se refere aos empregos formais, a indústria maranhense emprega no total 105.389 trabalhadores em dados de junho de 2024, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados  (CAGED). Já a massa salarial na Indústria maranhense em 2021 alcançou R$ 230,7 milhões conforme dados da RAIS.
O estado possui investimentos em andamento e previstos em áreas como portos, exportação, energia, alimentos, siderurgia, fertilizantes e tubos de aço, entre outros.

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