A Associação Nacional de Jornais (ANJ) emitiu uma nota repudiando as tentativas de intimidação direcionadas ao jornal “O Estado de S. Paulo” e à sua editora de Política, Andreza Matais, nas plataformas de redes sociais.
Estes ataques surgiram após o veículo ter divulgado informações sobre encontros entre Luciane Barbosa Farias, esposa de um líder de facção no Amazonas, e secretários do Ministério da Justiça ocorridos em março e maio últimos.
A entidade destacou que essas tentativas de intimidação contaram com o apoio de líderes políticos, sites e influenciadores alinhados ao governo, visando desviar a atenção das reportagens.
“O uso de métodos de intimidação contra veículos e jornalistas não se coaduna com valores democráticos e demonstra um flagrante desrespeito à liberdade de imprensa. Também evidencia uma prática característica de regimes autocráticos de, com o apoio de dirigentes políticos, sites e influenciadores governistas, tentar desviar o foco de reportagens incômodas por meio de ataques contra quem as apura e divulga”, enfatizou a associação.
A ANJ expressou sua expectativa de que esses métodos de intimidação, especialmente quando direcionados a jornalistas mulheres que recentemente enfrentaram situações similares, cessem imediatamente, em nome do respeito à liberdade de imprensa e à independente atuação do jornalismo e dos veículos de comunicação.
Por sua vez, O Estadão informou que está considerando tomar medidas legais em resposta à campanha difamatória dirigida aos seus jornalistas.
LEIA NOTA DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE JORNAIS
A ANJ acompanha com preocupação e manifesta seu repúdio às tentativas de intimidação contra O Estado de S.Paulo e sua editora de Política, Andreza Matais, depois de o jornal ter divulgado o acesso da mulher de um líder do crime organizado no Amazonas a gabinetes do Ministério da Justiça.
O uso de métodos de intimidação contra veículos e jornalistas não se coaduna com valores democráticos e demonstra um flagrante desrespeito à liberdade de imprensa. Também evidencia uma prática característica de regimes autocráticos de, com o apoio de dirigentes políticos, sites e influenciadores governistas, tentar desviar o foco de reportagens incômodas por meio de ataques contra quem as apura e divulga.
A ANJ espera que tais métodos de intimidação, sobretudo contra jornalistas mulheres já empregados no passado recente, cessem imediatamente, em nome do respeito à liberdade de imprensa e à livre atuação do jornalismo e dos veículos de comunicação.