-->

Uma pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelou que a maioria dos magistrados brasileiros considera que sua remuneração é insuficiente e que enfrentam uma carga de trabalho excessiva. O 2º Censo do Poder Judiciário, cujo relatório parcial foi publicado recentemente, aponta que 73,9% dos magistrados acreditam que ganham menos do que deveriam.

Em relação à adequação da remuneração ao trabalho executado, 73,9% dos magistrados discordaram da premissa de receber uma remuneração adequada. Dos entrevistados, 39,6% discordaram totalmente, enquanto outros 34,3% discordaram. Apenas 22% concordaram, sendo que 4,1% concordaram totalmente.

A pesquisa também abordou o volume de trabalho, e 79,7% dos juízes e desembargadores discordaram totalmente ou parcialmente da adequação do volume de trabalho à jornada regular. Nesse caso, 47,2% discordaram totalmente e 32,5% discordaram. Apenas 15,5% concordaram, com 4,8% concordando totalmente.

A insatisfação com a remuneração e a carga de trabalho varia de acordo com a esfera do Judiciário. Na Justiça Militar, mais da metade dos magistrados acredita que a remuneração é adequada, enquanto na Justiça do Trabalho, a maioria discorda da adequação dos valores recebidos.

O relatório “Justiça em números” do CNJ também destaca que, em média, cada juiz ou desembargador custa mensalmente R$ 69,8 mil aos tribunais, um valor que representa 52 vezes o salário mínimo atual do país. No entanto, vale ressaltar que esse montante inclui diversos componentes, como remunerações, indenizações, encargos sociais, previdenciários, imposto de renda e despesas com viagens a serviço, e não corresponde apenas aos salários.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *