O Conselho Técnico da CBF iniciou debates sobre duas possíveis mudanças importantes para o futebol brasileiro: a redução do número de rebaixados na Série A e a diminuição do limite de estrangeiros por partida.
As discussões seguirão nos próximos meses dentro do Conselho Nacional de Clubes (CNC), órgão que agora tem mais influência nas decisões do futebol nacional.
MUDANÇA NO REBAIXAMENTO
Atualmente, quatro clubes caem da Série A para a Série B, representando 20% dos participantes do campeonato. A proposta em discussão prevê a redução desse número para três rebaixados, o que também limitaria o acesso da Série B para a Série A a apenas três equipes.
A possível mudança, defendida por dirigentes como Marcelo Teixeira, presidente do Santos, busca equilibrar o impacto do rebaixamento, argumentando que a queda de grandes clubes pode estar mais ligada ao calendário apertado do que a problemas de gestão.
Caso aprovada, a nova regra só entraria em vigor a partir de 2027 e afetaria todas as divisões do futebol nacional.
LIMITE DE ESTRANGEIROS
Atualmente, os clubes podem relacionar até nove estrangeiros por partida no Brasileirão. A proposta discutida prevê uma redução para seis, com a possibilidade de uma transição gradual para facilitar o planejamento dos clubes.
A justificativa para a mudança vem, inclusive, do técnico da Seleção Brasileira, Dorival Júnior, que defende a maior valorização de jovens formados no país.
A regra, no entanto, não afetaria o número total de estrangeiros contratados pelos clubes, apenas a quantidade permitida em cada jogo.
PRÓXIMOS PASSOS
O CNC, que terá reuniões mensais na sede da CBF ao longo de 2025, será o responsável por aprofundar as discussões antes de qualquer decisão final.
Representando a Série A no conselho, estão Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Internacional, São Paulo e Vasco, com o Palmeiras participando como convidado.
Além disso, os clubes da Série B também farão seu conselho técnico para eleger representantes no CNC.
Qualquer mudança no rebaixamento ou no limite de estrangeiros só entraria em vigor a partir de 2027.