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Na tarde desta sexta-feira, 14, a 3ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, por unanimidade, absolver o Caxias no caso envolvendo a suposta escalação irregular do lateral Yuri Ferraz.

Com isso, o clube gaúcho permanece na Série C do Campeonato Brasileiro, enquanto o Sampaio Corrêa segue na Série D, pelo menos até que um eventual recurso seja julgado pelo Pleno do STJD.

O relator do caso, Pedro Gonet Branco, emitiu parecer favorável ao Caxias, o qual foi acatado por todos os membros da comissão. O julgamento durou aproximadamente 4 horas e 30 minutos.

O sub-procurador-geral Yan Meirelles defendeu a “boa fé” do Caxias e opinou pela absolvição do clube grená. Além disso, ele argumentou que Sampaio Corrêa e Aparecidense agiram em “momento estratégico para se beneficiar” de uma possível punição ao Caxias.

Pedro Gonet Branco também destacou o relatório conclusivo do inquérito, realizado pelo auditor processante Maxwell Vieira, que havia sinalizado a ausência de materialidade da conduta do Caxias, confirmando assim a absolvição do clube.

Além do Caxias, também foram julgados outros envolvidos no caso. O lateral-direito Yuri Ferraz foi suspenso por seis partidas por conduta antidesportiva. Os árbitros Felipe Gonçalves Paludo e Wanderson Alves de Souza receberam suspensões de 30 e 45 dias, respectivamente.

O ABC, clube pelo qual Yuri Ferraz atuou antes de se transferir para o Caxias, foi multado em R$ 80 mil por incluir na súmula um atleta em situação irregular e por omissão antidesportiva.

ENTENDA O CASO

O regulamento da Série C estabelece que um jogador pode atuar no máximo três vezes por um clube antes de se transferir para outra equipe da mesma divisão.

No entanto, Yuri Ferraz disputou quatro partidas pelo ABC antes de ser escalado em nove jogos pelo Caxias.

A suposta irregularidade teria ocorrido devido a um erro da arbitragem em um confronto entre ABC e Athletic-MG, no qual Ferraz entrou em campo, mas sua participação não foi registrada na súmula oficial.

Esse detalhe levou à defesa do Caxias alegar que o jogador, tecnicamente, teria atuado apenas três vezes pelo ABC, o que garantiria sua regularidade.

Apesar dos questionamentos, a decisão da 3ª Comissão Disciplinar do STJD garante, por ora, a permanência do Caxias na Série C, enquanto o Sampaio Corrêa aguarda os próximos desdobramentos do caso.

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